PRÉ-HISTÓRIA NA REGIÃO DO DF
Para estudar a ocupação humana dos primeiros habitantes do cerrado, temos que recorrer à arqueologia, uma vez que não existem fontes escritas sobre esse tema.
A ocupação humana na região do DF, segundo Paulo Bertran, remonta ao início da época Holocena (12.000 AP), caracterizada pelo recuo da glaciação com todas as suas consequências: “ Com o derretimento do gelo o nível do mar sobe, a temperatura e a umidade aumentam e se produz a tropicalização do ambiente. Aparentemente isto não ocorre de forma unilinear, mas com oscilações, que, no todo, representam um crescimento do calor, da umidade e do nível do mar, até alcançar o máximo no altitermal ou ótimo climático europeu.” (1)
Vários estudos, realizados por pesquisadores do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia (IGPA) da Universidade Católica de Goiás, mostram uma grande concentração de vestígios deixados pelos caçadores coletores pré-históricos no Distrito Federal, e em cidades próximas como Formosa GO, Planaltina/GO.
Os arqueólogos Paulo Jobim e Sibeli Viana, em texto intitulado “Breve Histórico da Arqueologia de Goiás”, publicado no Livro “Índios de Goiás”, revelam que em outros municípios goianos, a exemplo de São Domingos, Niquelândia, Colinas do Sul, Santa Cruz (sul de Goiás) e Hidrolândia, também foram encontrados inúmeros vestígios desses caçadores, entretanto a maior concentração deles encontram-se no Vale do Paranã e região de Serranópolis/Caiapônia, no sudoeste de Goiás, divisa com o Mato Grosso do Sul.(2)
Inicialmente, falaremos sobre dois sítios arqueológicos, localizados no Vale do Paranã, no município de Formosa/GO: A Toca da Onça e a Fazenda Bisnau.
1 - TOCA DA ONÇA
O Sitio Arqueológica Toca da Onça, localiza-se em uma fazenda no vale do Paranã, próximo ao Salto do Itiquira, na cidade de Formosa/GO, contendo um belo rio de pedras, com cachoeiras e uma exuberante paisagem. No interior de suas rochas encontram-se dezenas de grutas com inscrições rupestres desenhadas nas suas paredes.
Na interpretação de Paulo Bertran, são inscrições de “motivos abstratos, com fortes tendências para representações geométricas. Alguns desenhos lembram sistemas de contar. O mais notável porém são as representações de estrelas visíveis no céu do planalto há milhares de anos, sugerindo que outros símbolos a elas associados possam ser contagens de conjunções astronômicas. Para povos caçadores nômades, longas peregrinações precisavam de se orientar pela posição das estrelas no céu.
2 - PEDRA DO BISNAU
O Povoado do Bisnau localiza-se depois de Formosa, próximo a BR_20, onde, uma de suas fazendas abriga um grande lajedo de pedra calcária, que contém na sua superfície inúmeras inscrições, talhadas em baixo relevo, cujo significado sugere representações da chamada tradição astronômica.
“Com certa imaginação podemos visualizar nesses astrônomos do Planalto Central a representação de uma constelação da “Ema” ou da “Anta”, com pontos interligando astros maiores com menores... Na parte mais baixa do lagedo, pode-se visualizar na própria rocha cor-de-rosa, resíduos fósseis (ritmos) daquele grande mar interno de milhões de anos atrás, hoje com suas areis solidificadas".(3)
No Bisnau também tem um belo rio com cachoeiras, cuja região é cortada por um muro de pedras, possivelmente construído pelos escravos, nos séculos XVIII e XIX, para dividir às Sesmarias (enormes fazendas colônias)..
REFERÊNCIAS(1) Memorial das Idades do Brasil. Paulo Bertran e Graça Fleury. Brasília/DF: Verano Editora e Comunicação Ltda, 2004, p.28.
(2) Ìndios de Goiás – uma perspectiva histórico-cultural. Marlene Castro Ossami Moura (Coord.). Goiânia-GO: Editora UCG, 2006.(3)Memorial das Idades do Brasil. Paulo Bertran e Graça Fleury. Brasília/DF: Verano Editora e Comunicação Ltda, 2004, p.39.
Do site: Estrada Geral dos Sertões
Para estudar a ocupação humana dos primeiros habitantes do cerrado, temos que recorrer à arqueologia, uma vez que não existem fontes escritas sobre esse tema.
A ocupação humana na região do DF, segundo Paulo Bertran, remonta ao início da época Holocena (12.000 AP), caracterizada pelo recuo da glaciação com todas as suas consequências: “ Com o derretimento do gelo o nível do mar sobe, a temperatura e a umidade aumentam e se produz a tropicalização do ambiente. Aparentemente isto não ocorre de forma unilinear, mas com oscilações, que, no todo, representam um crescimento do calor, da umidade e do nível do mar, até alcançar o máximo no altitermal ou ótimo climático europeu.” (1)
Vários estudos, realizados por pesquisadores do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia (IGPA) da Universidade Católica de Goiás, mostram uma grande concentração de vestígios deixados pelos caçadores coletores pré-históricos no Distrito Federal, e em cidades próximas como Formosa GO, Planaltina/GO.
Os arqueólogos Paulo Jobim e Sibeli Viana, em texto intitulado “Breve Histórico da Arqueologia de Goiás”, publicado no Livro “Índios de Goiás”, revelam que em outros municípios goianos, a exemplo de São Domingos, Niquelândia, Colinas do Sul, Santa Cruz (sul de Goiás) e Hidrolândia, também foram encontrados inúmeros vestígios desses caçadores, entretanto a maior concentração deles encontram-se no Vale do Paranã e região de Serranópolis/Caiapônia, no sudoeste de Goiás, divisa com o Mato Grosso do Sul.(2)
Inicialmente, falaremos sobre dois sítios arqueológicos, localizados no Vale do Paranã, no município de Formosa/GO: A Toca da Onça e a Fazenda Bisnau.
1 - TOCA DA ONÇA
O Sitio Arqueológica Toca da Onça, localiza-se em uma fazenda no vale do Paranã, próximo ao Salto do Itiquira, na cidade de Formosa/GO, contendo um belo rio de pedras, com cachoeiras e uma exuberante paisagem. No interior de suas rochas encontram-se dezenas de grutas com inscrições rupestres desenhadas nas suas paredes.
Na interpretação de Paulo Bertran, são inscrições de “motivos abstratos, com fortes tendências para representações geométricas. Alguns desenhos lembram sistemas de contar. O mais notável porém são as representações de estrelas visíveis no céu do planalto há milhares de anos, sugerindo que outros símbolos a elas associados possam ser contagens de conjunções astronômicas. Para povos caçadores nômades, longas peregrinações precisavam de se orientar pela posição das estrelas no céu.
2 - PEDRA DO BISNAU
O Povoado do Bisnau localiza-se depois de Formosa, próximo a BR_20, onde, uma de suas fazendas abriga um grande lajedo de pedra calcária, que contém na sua superfície inúmeras inscrições, talhadas em baixo relevo, cujo significado sugere representações da chamada tradição astronômica.
“Com certa imaginação podemos visualizar nesses astrônomos do Planalto Central a representação de uma constelação da “Ema” ou da “Anta”, com pontos interligando astros maiores com menores... Na parte mais baixa do lagedo, pode-se visualizar na própria rocha cor-de-rosa, resíduos fósseis (ritmos) daquele grande mar interno de milhões de anos atrás, hoje com suas areis solidificadas".(3)
No Bisnau também tem um belo rio com cachoeiras, cuja região é cortada por um muro de pedras, possivelmente construído pelos escravos, nos séculos XVIII e XIX, para dividir às Sesmarias (enormes fazendas colônias)..
REFERÊNCIAS(1) Memorial das Idades do Brasil. Paulo Bertran e Graça Fleury. Brasília/DF: Verano Editora e Comunicação Ltda, 2004, p.28.
(2) Ìndios de Goiás – uma perspectiva histórico-cultural. Marlene Castro Ossami Moura (Coord.). Goiânia-GO: Editora UCG, 2006.(3)Memorial das Idades do Brasil. Paulo Bertran e Graça Fleury. Brasília/DF: Verano Editora e Comunicação Ltda, 2004, p.39.
Do site: Estrada Geral dos Sertões
Teríamos que estudar mais a arqueologia da nossa região e, assim, evitar que vandâlos, subissem na Toca da Onça e a pichassem!!!
ResponderExcluirOutra coisa:..." um belo rio de pedras, com cachoeiras e uma exuberante paisagem. ...
O rio que passa tem apenas minúsculas cascatas e a região apenas uma cachoeira com cerca de 1,5 m de altura vertical.
OLA
ResponderExcluirEU GOSTARIA DE SABER MAIS UM POUCO DO SITIO ARQUEOLOGICO DA PONTE ALTA NO GAMA
OBRIGADo
santiasigor@hotmail.com